domingo, 2 de agosto de 2015

SEUS PENSAMENTOS PODEM SER UMA MÁQUINA DE SENTIMENTOS RUINS

Qual a origem dos sentimentos?  Afinal o que em nós define os bons e os maus sentimentos?

Não sei porque mas confesso ter uma aptidão em começar um texto propondo um questionamento. Sei lá, acho que isso não é muito recomendável quanto as normas de uma produção textual argumentativa dissertativa, mas eu gosto e pronto.Talvez isso me faça sentir bem, por me trazer a ideia de que assim serei melhor compreendido. Mas espere,  será que sinto bem porque acredito nisso ou o fato de acreditar nisso é que me faz sentir bem?

Talvez você não tenha percebido, caro leitor, mas no parágrafo anterior, tentei contextualizar o que haveremos de discutir: Afinal, o que realmente nos faz sentir?

Ih, perguntei dinovo. Mas enfim, o texto bíblico de Romanos 12:2 nos diz: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus".

Paulo fala de um mecanismo muito eficaz para transformação, ao que chamou de renovação do entendimento. Isso quer dizer que se conseguirmos mudar nossa forma de pensar, conseguiremos benefícios transformadores que nos permitirá experimentar o melhor de Deus em nossas vidas.

Nesta perspectiva, precisamos entender a relação direta que nossos pensamentos possuem com os nossos sentimentos.

 Estudos científicos apontam a emoção como uma desordem bioquímica imediata no organismo, como o medo que sentimos diante de uma ameça de roubo, por exemplo. Nesse viés,  o sentimento passa a ser compreendido como uma forma de ajuizar a emoção sentida, como o reconhecimento do medo  durante o assalto.

Desde muito tempo a filosofia, a psicologia e por último a neurociência concorrem em discussões sobre os mecanismos psíquicos, sistemas neurais e impactos subjetivos que envolvem as emoções, os pensamentos e os sentimentos. Muito antes das afirmações de célebres cientistas do comportamento, os gregos já apontavam a seguinte equação, na visão filosófica do amor:

Emoção + Pensamento = Sentimento.

Assim, se a emoção é uma explosão do momento da qual não temos domínio, o pensamento passa a ser visto então como o entendimento ou interpretação dada àquela emoção. Logo, o sentimento passa a ser entendido como o juízo de valor na junção da emoção e do pensamento. Complicado? Eu resumo.

Para os gregos, se quisermos mudar nossa forma de sentir, devemos mudar nossa maneira de pensar. 

De uma forma mais simplificada, a emoção é o que sentimos diante de um estímulo, sendo que nosso pensamento imediatamente dará nome a esta emoção e nosso sentimento será congruente ao impacto deste pensamento.

Para saber se seus pensamentos são bons a seu respeito, lhe faço mais uma pergunta.  Se você estivesse contando sua história de vida, você estaria mais propício a chorar ou a sorrir? Infelizmente há muitas pessoas amarguradas, reféns de sentimentos ruins, com baixa auto estima e sentimento de auto-piedade. 
Alguns sentimentos são tão sórdidos, que aprisionam as pessoas em situações de grande rancor.

Como reféns de si mesmos, muitos acabam vendo os anos passarem sem contudo conseguirem viver a novidade da vida abundante.

Deus tem a cura para as emoções fragilizadas. Ele nos ensina em sua palavra a importância de renovarmos os nossos pensamentos, para que desta forma, possamos mudar nossa forma de sentir, e assim, sermos aos poucos, livres das amarras da alma.

A borboleta só é borboleta porque a  lagarta  permite modificar-se de dentro para fora. Se a lagarta fosse aguardar as primeiras características de borboleta aparecer, nunca seria.

Muitas vezes para nos vermos livres das angústias e frustrações decorrentes do estado em que nos encontramos, passamos a creditar a um futuro mítico, todas as nossas expectativas de mudanças, como se um dia, viesse Deus com sua vara de condão e sem nenhum esforço, mudaria tudo, inclusive a nossa responsabilidade com a nossa história. Doce falácia. 

É certo que Deus liberta o homem do peso do seu passado, mas não anula suas consequências.

Do fundo de uma cela, a culpa é quase sempre de quem está do lado de fora.

É tempo de renovarmos nossa mente e assumirmos as responsabilidades por nossos fracassos, tentando fazer uma releitura de tudo que aconteceu conosco, principalmente nas situações relativas aos sentimentos de dor.

O povo de Deus precisa ser um povo livre!
Que a semente não seja sufocada por espinhos.
Paz.






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